Ascensão e
Queda das Civilizações
- O Terrorismo
–
Por
Sasha Lamounier
A tradição liberal clássica (e iluminista) defende o
secularismo, portanto, o Estado Laico. Defende também a primazia do indivíduo e
seu direito de ser e viver a vida como melhor lhe aprouver. O liberalismo
clássico eleva como princípios canônicos a vida, a liberdade e a propriedade de cada indivíduo. Portanto, o liberalismo promove a autonomia máxima do indivíduo diante de diferentes contextos limitantes. Em um mundo cada vez mais assolado pelo terrorismo (um medo coletivo), de que maneira o
liberalismo clássico pode contribuir para uma reflexão?
Introdução
O terrorismo é a ação praticada por
alguma instituição, privada ou estatal, legítima ou ilegítima
internacionalmente, com o propósito de causar danos físicos, morais e
psicológicos em suas vítimas. O dano psicológico, contudo, é o maior objetivo
do terrorismo. E é isso que o diferencia do crime hediondo comum. O ato
terrorista pode ser reclamado por todo tipo de causa. Não é, portanto,
necessariamente um ato de uma religião ou grupo humano específico. A história
registrou, inclusive, grupos terroristas de várias religiões.
Por exemplo, o Lehi (Lutadores para a
Liberdade de Israel) era um grupo paramilitar e terrorista sionista (judaico) que cometeu diversos atos terroristas contra o mandato Britânico da Palestina entre os anos de 1940 e 1948.
O IRA
(Exército Republicano Irlandês) é um grupo católico na Irlanda, de cunho
paramilitar e que cometeu diversos atos terroristas, visando a reunificação das
Irlandas. Temos também o ETA (Pátria Basca e Liberdade), cujo
objetivo é alcançar a independência do país Basco, atualmente pertencente a
Espanha. Há também o PKK (Partido dos Trabalhadores do
Cudistão), acusado pela Turquia de usar do terrorismo e de ameaças para
promover a separação dos curdos em regiões turcas, iraquianas, iranianas e
sírias. Como outro exemplo, próximo as fronteiras brasileiras, podemos citar as
FARC
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que visa a implementação de um
estado socialista na Colômbia. Em todos os casos, trata-se de grupos combatidos
por Estados. Portanto, são grupos classificados como não-estatais
(paramilitares, voluntaristas, de organização privativa a seus membros). Portanto,
são entidades que podem ser classificadas como “organizações privadas”, cujos
objetivos são ideológicos.
Mas há também outros tipos de terrorismo.
Como o estatal. Quando Hitler perseguia cidadãos alemães judeus para
implementar sua doutrina racialista e ariana, ou quando Stalin mandava seus
desafetos para os famosos Gulags, ambos atuavam como terroristas estatais. Eram
seres humanos implementando a força contra outros seres humanos, criando medo e
pânico para aqueles que não seguissem “as regras” de uma determinada ideologia. Contudo, vale lembrar que o
Partido Nazista começou como um grupo voluntário até assumir o
comando do governo alemão, tornando-se assim uma instituição de cunho estatal. Acontece também com
Stalin, que utilizou sua influência no Partido Comunista Soviético para
ascender ao poder. Mesmo que para isso tivesse de matar seus desafetos
internos do próprio partido, como Trotsky (assassinado a mando de Stalin).
Mas como estes grupos chegam a tal extremismo e fanatismo de ideias?
Como o Partido Nazista surgiu na Alemanha? Como Stalin surgiu na União
Soviética? Como o Lehi, o IRA, o ETA, as FARC e tantos outros grupos ocidentais
surgiram? Entender isso talvez nos dê uma luz para compreender como surgiram os
diversos grupos terroristas islâmicos. Para compreender, recomendo os seguintes
documentários e textos:
Lehi – Grupo terrorista sionista:
Terceiro Reich – A Ascensão:
Sobre o IRA (História da Irlanda - A Luta pela Independência):
O que podemos observar por esta breve
investigação são algumas condicionantes básicas para o surgimento do
extremismo e fanatismo:
1.
Crise
social:
A primeira coisa que precisa existir num
determinado lugar para surgir grupos extremistas, dispostos a atos terroristas,
é uma profunda crise social. Ou seja, divisão entre os muito ricos ou muito
pobres, entre o estado vassalo e o estado dominante, entre o lado forte e o
lado fraco. Sempre há dois lados na crise social. No caso da Alemanha
pré-nazista, a Alemanha estava fraca e humilhada diante de toda Europa. Hitler
surge neste espaço onde a necessidade de um renascimento alemão era imperativa.
Na Irlanda do Norte, o cisma protestante e católico era antigo, criava tensões
entre a Igreja da Inglaterra e os católicos irlandeses. Como manter uma Irlanda
do Norte presa ao Parlamento britânico sediado em Londres (Inglaterra), sem com isso criar
tensões? No Mandato Britânico da Palestina, os árabes eram a pesada maioria da
população. Os Lehi (parte mais radical do Irgun, um grupo paramilitar israelense) desejavam impor o fim do mandato britânico para,
com isso, impulsionar a imigração judaica para a região (aumentando, assim, o número de judeus frente ao de muçulmanos). No caso do Lehi e Israel, a
tensão social entre árabes e judeus foi CRIADA pelos judeus e sua ânsia sionista.
2.
Crise
econômica:
Além da crise social já ser uma importante condicionante para o extremismo, há um segundo fator que pode tornar ainda mais
passional o contexto dos povos: a falta de boas condições de sobrevivência. A
Alemanha, além de estar fraca e humilhada, também estava falida. O povo mal
tinha trabalho e grande parte dos alemães eram pobres. Por isso o nome do
partido nazista era “Partido dos Trabalhadores Alemães”. Isso explica a
relativa facilidade de Hitler em ascender ao poder. Ele criou promessas
para um povo necessitado de utopia. Ele criou o Terceiro Reich, o grande
império alemão que nascera para conquistar os povos menos civilizados. Uma tese
muito parecida com o atual extremismo islâmico…
3.
Contexto
político:
O contexto político, por fim, é fundamental
para o surgimento destes grupos. Se um país tem uma falha democracia ou um povo
muito mal instruído para resolver suas demandas, ou ainda um povo muito desesperado por soluções, messias de toda ordem
naturalmente vão surgir. Como se diz em ciência política, o poder não tem
espaços vazios. Se uma democracia tem algum espaço vazio, ele será ocupado. Foi
assim na Alemanha, foi assim na Irlanda do Norte, foi assim no País Basco, foi
assim na Colômbia, na União Soviética, na França de Napoleão Bonaparte, na
China de Mao Tse Tung e tem sido assim no Oriente Médio.
Um
problema civilizacional
Poderíamos dizer, numa digressão mais
profunda, que o messianismo é um mal das tradições judaico-cristãs e muçulmana.
Afinal, o judaísmo, que é a primeira grande religião monoteísta do Ocidente nos
revela que haverá um messias para reconstruir a Nação de Israel. O pai do judaísmo
(Abraão) é também o pai do cristianismo e do islamismo. O cristianismo diz que
Jesus Cristo foi este messias e que ele fundou uma nova aliança, terminando com
o velho testamento para iniciar o novo. Já o islamismo diz que Jesus (Isa, pela grafia árabe) foi um grande
profeta, mas não o último. Maomé teria sido o grande profeta, que teria terminado
aquilo iniciado com Abraão (Ibrahim,
pela grafia árabe). Ou seja, judaísmo, cristianismo e islamismo fazem parte da mesma tradição monoteísta.
Portanto, quando falamos de terrorismo
islâmico, estamos advogando em favor de duas tradições e condenando uma outra. Falar
do terrorismo “islâmico” é condenar toda uma civilização ao rótulo de “bárbaros”.
Exatamente o que fizeram os romanos com os povos não romanos. Ou os judeus com
os gentios. O problema é que, historicamente, a tradição judaico-cristã (anterior ao islamismo) foi a
formuladora original do terrorismo. No tempo de Jesus, muitos judeus consideravam que
ele seria o grande vingador contra a dominação romana. Muitos esperavam
pela revolução armada contra Roma. Coisa que Jesus negou e, por isso, foi muito
facilmente traído pelos seus iguais. Vale lembrar que Jesus era judeu. A
crucificação era uma morte lenta e dolorosa, aplicável aos piores criminosos. E
foi assim que “seu povo” julgou Jesus. Maomé, contudo, foi um profeta que não
ficou apenas nas palavras. Ele promoveu um sistema econômico, social e político
inteiro. E muito pacífico para sua época, considerando que romanos, judeus, gregos,
persas e árabes adotaram as mesmas punições severas para crimes de toda ordem.
Conservadores ocidentalistas tem a tendência de
considerar os árabes como invasores. Mas se tivermos de ir longe na história,
teremos de falar do Império helênico (ocidental) que invadiu a Pérsia (atual
arábia). Teremos de falar das guerras do mediterrâneo, que dariam origem ao
Império Romano (ocidental). Teremos de falar das invasões romanas. Teremos de
falar do surgimento do islamismo como uma defesa dos povos locais (arábicos)
contra as invasões e dominação romana. Chegaremos aos califados islâmicos, combatidos
posteriormente pelos povos europeus pós-romanos. Na ascensão das nações
cristãs, veremos o nascimento das cruzadas, como tentativas de reconquista
ocidental do território sagrado de Jerusalém. Uma região que viu nascer três
grandes religiões e que, historicamente, se confundem.
Não há aqui agressor inicial ou final.
Não há aqui o certo ou o errado. Mas há um conflito civilizacional antigo, impulsionado por questões práticas e realistas. Cada tempo criou seu paradigma.
Cada civilização criou seu messias. Quando falamos de extremismo islâmico,
precisamos entender como surgiu o extremismo islâmico. Porque existe o Hamas e o
Fatah, na Palestina? Porque surgiu a Al Qaeda? O que busca o Estado Islâmico?
Hamas e Fatah brigam pela libertação da
Palestina que, anteriormente, foi invadido por judeus que, através dos Lehi,
impulsionaram a imigração judaica para o território da Palestina, obrigando que
o Mandato Britânico da Palestina criasse ali um Estado Judeu.
A Al Qaeda advoga pela unificação dos
estados islâmicos, o chamado “pan-islamismo”, coisa que o Estado Islâmico
(famoso ISIS ou Daesh) também defende. Oras, a defesa de utópicos impérios que possam
unificar “religiões e etnias melhores do que outras” não lhe parece familiar?
Acho que já ouvimos essa história lá atrás, com Hitler e o partido Nazista. E
não é para menos. O nazismo foi, DE FATO, a inspiração do
terrorismo islâmico moderno.
Recomendo este
artigo, para compreender esta questão:
A instabilidade no
Oriente Médio existe desde sempre. Mas aprofundou-se vertiginosamente no período da Primeira Guerra
Mundial (chamada de a grande guerra imperialista) e o fim do Império Otomano e
desenvolvimento dos Mandatos Britânicos. Literalmente, os ingleses (vencedores
da primeira guerra mundial) “passaram a régua” e dividiram os territórios como
melhor interessava aos interesses britânicos. Depois da Segunda Guerra, enfraquecidos, dividiram a Palestina de acordo com a vontade do lobby sionista. Mas não se fundiram ali nações
coesas, e sim truncadas, com diferentes concepções religiosas (sunitas e xiitas,
por exemplo) obrigadas a compartilhar do mesmo território. Este cenário favoreceu a instabilidade social, criando entraves
para o desenvolvimento econômico e político da região. Estes entraves, contudo,
em nada atrapalharam os interesses ocidentais. Israel tornou-se grande advogado do Ocidente no Oriente Médio. Israel representa, para os árabes, aquilo que os britânicos, os otomanos e os romanos representaram no passado. Esta é a chave para compreender
a motivação do extremismo islâmico, que tenderá a crescer enquanto o Ocidente
tratar o problema como tão e unicamente “árabe”.
A revolução industrial atingiu de maneiras diferentes as diferentes regiões do mundo. E isso inclui o Oriente Médio.
A revolução industrial atingiu de maneiras diferentes as diferentes regiões do mundo. E isso inclui o Oriente Médio.
Não, o problema do terrorismo não é “árabe”. É claro que o terrorista vai procurar justificação moral para seus atos. O Corão, como todo livro antigo, possui passagens que justificam o extremismo islâmico (como também a Bíblia e a Torá possuem as mesmas violentas passagens). Contudo, é importante frisar que contextualmente Maomé surgiu como um combatente anti-romano (portanto, anti invasão ocidental). E é Maomé o equivalente árabe em importância a Jesus, para o Ocidente. A “invasão” ocidental via mercados financeiros e pela cultura de grande mídia é, para muitos árabes, uma violação moderna de sua identidade. O mundo ocidental, pelo soft power, invade o Oriente Médio tanto quanto Roma um dia invadiu a mesma região. Daí entende-se o crescimento do fundamentalismo islâmico. O messianismo do califado islâmico paira como uma sombra em cima de nações e sociedades que sofrem com a pobreza, com governantes corruptos e com a falta de opção. O mundo tem mais de 1,5 bilhão de muçulmanos. E apenas uma ínfima parcela destes 1,5 bilhão de muçulmanos é terrorista. A maior parte dos muçulmanos é coagido pelos extremistas (que caem no calabouço da ignorância e do desespero). Morre mais muçulmano vítima de ataque terrorista do que ocidental. E este dado deveria ser relevante.
Mapa que mostra, entre 2000 e 2014, o volume de ataques terroristas por região do mundo:
Mapa que mostra, entre 2000 e 2014, o volume de ataques terroristas por região do mundo:
Por país:
Qual
é a solução?
A questão do terrorismo implica diversas
diferentes formas de soluções. Primeiro, o perfil do terrorista é suicida.
Portanto, ele não liga para a própria vida. Na verdade, ele já desistiu da
própria vida para tentar gerar um impacto além-vida. Você não vence alguém
disposto a morrer, com a morte. Logo, apesar do combate ser parte do remédio que
pode impedir novos ataques terroristas mundo afora, ele está distante de ser a
solução.
O que faz o terrorista perder o amor
pela vida? Talvez a resposta esteja mais perto do que imaginamos. O que faz um
traficante de drogas perder o amor pela própria vida? Atrocidades e brutalidades
acontecem diariamente no mundo e em todos os continentes. A diferença é que o
terrorista aprendeu a usar a tecnologia e a psicologia a seu favor. Do mesmo
modo que a grande mídia e a Internet serviu para unir o mundo, serviu para espalhar rapidamente
todo tipo de informação. Nisto incluso as atrocidades criminosas mundo afora.
Terroristas não são diferentes de criminosos no ato. Eles se diferenciam pela
justificativa, mas não pelo ato. O traficante de drogas não existe apenas por
uma psicopatia latente na personalidade. O traficante surge quando, ainda
criança, ele vê seus pais sendo mortos em sua frente. Ou quando vê sua mãe
sendo estuprada ou definhando de fome. São nestes momentos que o desprezo pela
vida e o sentimento de “justiçamento” aparece. Para que respeitar as regras, se
as regras mataram meus pais? O que há de melhor numa cultura estrangeira que
não segue o que meus pais, avós, bisavós e toda a gente da minha cidade segue? Porque
não posso ter um país livre e próspero, enquanto todo o mundo Ocidental vive
esbanjando tecnologia e desenvolvimento?
É no meio destas perguntas que surgem as
ideologias. No Oriente Médio, muitos “messias” fazem nome vendendo soluções
simples. Se falta um debate mais aprofundado no Ocidente sobre os problemas do
Oriente Médio, também no Oriente Médio falta maior instrução de seu povo quanto
aos problemas por eles enfrentados. São gerações de muçulmanos que se sentem injustiçados
pelo mundo. São povos que não tem identidades coesas. E no entanto, no meio de
tantas identidades discordantes, ainda assim todos tem os mesmos problemas.
Os grupos extremistas não se fortalecem
graças ao muçulmano. O muçulmano comum, o médio, quer apenas viver sua vida,
com suas tradições ao lado de sua família. Ninguém gosta de perder um ente
querido. Muito menos os muçulmanos. No entanto, quando os EUA financia a Al
Qaeda para combater a União Soviética, ou quando os EUA financia o Estado
Islâmico para combater o governo sírio, ai sim o terrorismo se fortalece.
Quando o petróleo do Oriente Médio interessa as nações industriais do Ocidente,
ai temos a corrupção de governos e a manipulação de um sistema de poder. Não
nos cabe simplificar as coisas. E por isso, esta moderna guerra é uma guerra de
consciência. Uma guerra sistêmica. O muçulmano comum não é nosso inimigo. Ele é
nosso igual. Porque ele é vítima de um sistema que nós também somos vítima. O desejo de liberdade que nós tanto temos, o muçulmano também tem.
É preciso diálogo. É preciso
esclarecimento. É preciso união. E enquanto isso não acontecer, um novo ataque
terrorista sempre vai surgir em qualquer lugar. Depois do ataque em Nice,
em Julho de 2016, na França, ficou evidente que o terrorista não precisa de
armas ou bombas. Basta vontade. Uma faca de cozinha, um carro, um caminhão, uma
caneta… Qualquer coisa pode ser usado para matar. O Estado Islâmico (mais poderoso
grupo terrorista da atualidade), sempre aproveitará qualquer ataque para reivindicar
autoria (mesmo que nem se comprove a autoria). Faz parte da estratégia do medo.
Em 2015, milhares de refugiados da
guerra na Síria tentaram a sorte desesperada no Mediterrâneo e na fronteira
turca com a Europa. Eram mais de 900 mil refugiados. Como os governos europeus
responderam? Primeiro com indiferença. Depois, com vitimismo. E para piorar,
quando o Estado Islâmico afirmou que 4 mil terroristas estavam infiltrados entre
os refugiados, como os conservadores mundo afora responderam? Negando-os, sobre
pretexto de que os 900 mil refugiados eram potencialmente terroristas (ignorando que havia famílias inteiras entre os refugiados, crianças, bebê e idosos...).
O Ocidente se esquece que, dos 5 milhões
de refugiados, pelo menos 4,8 milhões foram para os países ÁRABES vizinhos.
Somente 900 mil vieram para Europa. Mas isso já foi suficiente para falarem em “islamização
da Europa”. [1] [2]
Oras, ninguém percebe que o medo de “islamização
da Europa” é idêntico ao medo de “ocidentalização” dos muçulmanos? Extremismo
versus extremismo. É disso que se trata. A cura para este problema está na
contramão do extremismo. É preciso compreensão. É preciso saber o que acontece
em cada contexto. Somente assim, pela empatia, pela preocupação com o
semelhante, é que conseguiremos criar caminhos para um diálogo duradouro.
O liberalismo clássico, enquanto tradição do pensamento filosófico, não pode lhe oferecer uma solução rápida ou definitiva. Mas indica um norte. Se buscamos a maior autonomia possível do indivíduo diante de diferentes contextos, também neste caso precisamos combater a coletivização do medo, do terror e da estigmatização de civilizações para assumir uma postura mais crítica, mais madura e mais realista.
O liberalismo clássico, enquanto tradição do pensamento filosófico, não pode lhe oferecer uma solução rápida ou definitiva. Mas indica um norte. Se buscamos a maior autonomia possível do indivíduo diante de diferentes contextos, também neste caso precisamos combater a coletivização do medo, do terror e da estigmatização de civilizações para assumir uma postura mais crítica, mais madura e mais realista.
Não haverá nenhum novo messias neste
mundo. E esta é a simples realidade. Todo aquele que surgir como o messias
estará reafirmando o divisionismo e o extremismo. A solução, portanto, está
dentro de cada indivíduo, sozinho e isolado em sua própria catarse pessoal e consciência. Sozinhos,
mas vivendo em rede, é onde podemos mudar um mundo doente.
Grato pela leitura,
Sasha Lamounier
Sasha Lamounier
Um Liberal Clássico no Século XXI
Referências: